Sexta à noite, o jovem N.O., 19 anos, prepara-se para ir a mais uma balada com os amigos. A noitada prevê muita bebedeira numa boate junto com ficadas com garotas e uma eventual transa com uma delas no final da festa. Esse ritual de diversão não teria nada de alarmante se o tal adolescente não tivesse incluído uma passadinha na farmácia para adquirir um item que, segundo ele, é indispensável para curtir a 'night': pílulas de Viagra. Isso mesmo: o consumo desenfreado desta droga tem sido a nova mania entre os jovens, pessoas que fisiologicamente não necessitam deste artifício para mandar bem nesta área.
O Viagra é o nome de fantasia do citrato de sildenafila, um medicamento usado para combater a disfunção erétil. A droga atua como um vasodilatador. Por essa razão, ela beneficia a ereção, já que facilita o fluxo de sangue para o pênis. O remédio deveria ser usado somente por quem sofre de impotência, mas tem virado sensação entre os jovens, que ingerem a pílula na esperança de ter um melhor desempenho na cama.
"Tomo e me sinto mais agitado. Garanto que faz efeito", diz o adolescente N.O. A facilidade de acesso à droga é uma das razões para que o seu uso tenha se popularizado entre quem não necessariamente precisa do Viagra. As pílulas são vendidas sem exigência de receita médica, já que não é um medicamento de uso controlado. Apesar de as caixas trazerem a faixa vermelha com a informação de que a venda só deve ser feita com prescrição médica, este detalhe acaba sendo ignorado. "A quebra da patente e a fabricação de genéricos mais baratos também facilita a venda", diz a balconista Eunice Barreto Fiel.
O Viagra é relativamente acessível. Uma caixa com 50mg custa R$ 17. O genérico sai por R$ 8,86. Os funcionários de farmácias garantem que esses preços são um chamariz para os jovens. "Diria que a procura fica meio a meio entre adolescentes, que não precisam tomar, e homens com mais idade. Os mais novos chegam e dizem, às vezes, meio sem jeito, que estão comprando para algum tio ou parente", revela a atendente de farmácia Márcia Machado de Oliveira.
CUIDADOS
O Viagra é recomendado somente para quem tem algum problema de impotência. Se alguém tomá-lo sem precisar, só irá ter um possível prolongamento na ereção, mas os efeitos são limitados. "Em tese, não há contraindicação. Se alguém ingeri-lo sem necessidade só vai sentir o efeito como estimulante, mas isso é relativo. Não recomendo o uso por quem não tem problemas. Isto é um medicamento e não pode ser tratado como se fosse um energético, por exemplo", afirma o urologista Lélio Azevedo.
O médico alerta ainda que o Viagra não pode ser usado por pessoas cardíacas, pois é um vaso dilatador. O paciente deve passar por uma completa avaliação cardiológica antes de começar a ingeri-lo. De acordo com especialistas, o Viagra, quando consumido com álcool, perde parte de seu efeito.
Se ele for ingerido com outras drogas sintéticas, a exemplo da cocaína e do ecstasy, pode potencializá-las. Também existe a possibilidade de o medicamento não causar nenhuma alteração no organismo mas, mesmo assim, a pessoa que o tomou ainda acreditar que seu desempenho melhorou.
É o chamado efeito placebo, que ocorre em 30% dos casos. "O jovem toma o Viagra por insegurança, como uma forma de suprir a ansiedade na hora da relação sexual. Mas é algo desnecessário. Neste caso, o problema está em sua cabeça, e droga nenhuma vai resolvê-lo", diz o urologista Lélio Azevedo.
Fonte: JornalCinform
Edinando Santos de Sergipe para o Rio Real News
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