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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Morte de Cinegrafista afetou o trabalho da imprensa

Morte de Cinegrafista afetou o trabalho da imprensa

Muitos consideram a imprensa um “poder”, ou, como alguns preferem, um “quarto poder”. Independente do juízo de valor acerca dessa abordagem temos que compreender essa entidade como um dos maiores instrumentos da democracia no mundo contemporâneo.
Inúmeras têm sido as opiniões em torno do trabalho da imprensa junto as forças policiais nas suas operações rotineiras. Prudência e precaução sempre foram boas indicações para os profissionais da imprensa, principalmente para aqueles que diariamente se vêem envolvidos em matérias policiais fazendo cobertura atuando como um soldado em zona de guerra.
Contudo, entre crítica ou elogio, fico com a verdade dos fatos que são apresentados diariamente à sociedade. Não tenho dúvidas que a profissão de jornalista, quando em atividade nos conflitos que geram tensões sociais, sempre foi arriscada, mas com o passar do tempo o profissional de imprensa está aprendendo a se proteger já que sempre estar no meio da notícia, mas o limite para o perigo existe e foi o que aconteceu no dia 06 de novembro no Rio de Janeiro quando o cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos, de 46 anos, foi morto enquanto participava da cobertura de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque na Favela de Antares, Zona Oeste do Rio. Atingido com um tiro de fuzil no peito. Em nota, a direção da Rede Bandeirantes lamentou a morte do cinegrafista e disse que sempre toma todas as precauções para este tipo de cobertura, acrescentando que Gelson Domingos usava colete à prova de balas no momento em que foi atingido.
Já o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro se manifestou publicamente para responsabilizar a Rede Band de TV pela morte do repórter cinematográfico. Para a presidenta do sindicato, Suzana Blass, a morte do cinegrafista foi uma tragédia anunciada, porque os coletes fornecidos pelas empresas de comunicação não resistem a tiros de fuzil. E as emissoras só dão o colete porque a convenção coletiva de trabalho estabeleceu que o equipamento é obrigatório em coberturas de risco.
É aí que entra o principal equipamento de proteção não só das forças policiais mais também dos profissionais de imprensa quando nos referimos a embates com uso de arma de fogo: o colete a prova de balas, ou coletes balísticos. Aos policiais, é injustificável o não uso desse equipamento e aos operadores da imprensa nunca se esqueçam disso.
O episódio da morte do cinegrafista vai afetar profundamente o trabalho das empresas jornalísticas na forma de lidar com esse tipo de risco. Vai obrigar a reverem as medidas de proteção e segurança, para os seus funcionários durante coberturas de massa mais freqüentes: Jornal, Televisão e Rádio.
Diante das evidencias apresentadas nas diversas reportagens sobre o fato, é possível concluir de que o cinegrafista estaria utilizando durante a cobertura de confronto armado entre policiais militares e traficantes, um colete balístico cujo nível de proteção balística não suporta um tiro de fuzil, calibre 7,62mm ou 5,56mm. fonte: Nilton Mascarenhas.

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