Mais do
que apenas imagens em movimento, o cinema é uma maravilhosa maneira de contar história e nos transportar para outros mundos.
Pense como deveria ser a vida lá pelo ano
de 1895. Não tinha televisão, cd, internet, computador, nem nada. Um tédio só.
Máquinas “voadoras” como carro, então, nem pensar. Agora, imagine o espanto das
pessoas que assistiram à primeira sessão de cinema. O filme, que apresentava um
trem em disparada vindo em direção à platéia, fez muita gente sair em
desabalada carreira com medo de ser atropelada.
A primeira sessão de cinema aconteceu em dezembro de 1895 e quem
deixou a platéia embasbacada foram os irmãos franceses Louis e Auguste Lumière
com seu fantástico invento chamado cinematógrafo. Aquela maquininha endiabrada,
como em um passe de mágica, fazia cavalos, carros e pessoas moveremse na tela!
O aparelho funcionava assim:
tirava várias fotografias, uma atrás da outra, de pessoas, bichos e coisas em
movimento. Depois, as fotos eram projetadas numa tela, em grande velocidade.
Dessa maneira, as imagens ganhavam “vida”.
Trinta e dois anos se passaram depois da
primeira apresentação do trem maluco até que surgisse o primeiro filme falado.
Durante todo esse tempo ninguém dava um pio nas telas. Quando um ator dizia
alguma coisa (por mímica), a imagem desaparecia e na tela aparecia uma legenda
com a fala do personagem. Para a sessão não ficar chata, os donos de cinema
contratavam músicos que tocavam o tempo todo em que o filme era exibido. Para
acompanhar uma ação, um sujeito correndo com um trem atrás dele, por exemplo,
os músicos tocavam em desabalada carreira na tentativa de ir no mesmo ritmo da
cena. Quando aparecia um casal de namorados, era tocada uma música bem bonita.
O primeiro filme falado foi O
Cantor de Jazz, exibido em 1927.
Considerado o maior astro do cinema mudo, Charlie Chaplin
interpretou seu genial personagem Carlitos, um tipo divertido, de sapatos furados,
dono de um bigodinho gozado, um chapéu coco e uma bengala, e criou filmes
maravilhosos, como Luzes na Cidade. Nele, Chaplin conta a história de um
sujeito pobre que se apaixona por uma florista cega e faz o impossível para que
ela volte a enxergar com o auxílio de um médico. Vale a pena você procurar
assistir em vídeo ou DVD.
Mas não vá estranhar a maneira
desengonçada de os atores andarem. Isso porque em 1920 as câmeras de cinema
captavam 16 imagens por segundo. E hoje os filmes transmitidos pela televisão
passam em uma velocidade de 25 imagens por segundo. Então, não podia dar outra.
Um filme do cinema mudo exibido na televisão atual sempre mostra imagens
rápidas e fica parecendo que todo mundo vivia com pressa!
recebendo a premiação do festival de cinema em tocantins, pelo diretor da globo tocantins - TV anhanguera. |
Pra dar mais emoção, os diretores e técnicos
de cinem a inventavam truques para criar a ilusão de história verídica. Você
mesma é capaz de identificar inúmeros efeitos especiais nos filmes que a
ssiste. Com o auxílio do computador, então, o céu é o limite para a criação do
s cinea stas. Em um filme chamado Perfume de Mistério, feito em 1959, o que o
público sentia no cinema não era apenas o cheiro de pipoca. Como o próprio nome
avisava, o filme era realmente perfumado ! Funcionava assim: durante a
exibição, o projetista do cinema acionava uma máquina de ar comprimido que
exalava inúmeros aromas, cada um diferente do outro. O que era muito legal,
pois cada cheiro servia de pista para ajudar os espectadores a descobrir o
mistériodo enredo.
PALMAS - TOCANTINS |
Sabe aquele som de chuva forte que você escuta num filme? Pode
apostar que nove em dez vezes o ruído é fabricado por qualquer outra coisa
diferente de gotas de água caindo na vidraça.
Num filme de mocinho, por
exemplo, o galope dos cavalos é produzido por cascas de coco que são batidas
umas contra as outras para criar o pocotó-pocotó- pocotó característico. Essa
arte de extrair sons dos mais variados objetos chama-se sonoplastia e é tão
importante para trazer emoção quanto a música ou a luz. O som de um bando de
pássaros voando pode ser produzido por luvas de couro sendo agitadas. O rangido
de pneus em um filme é uma bolsa de água quente sendo esfregada com um pedaço
de plástico.
E assim o cinema vem sendo feito há mais de
um século. Cheio de truques repletos de sons, luzes e mil técnicas diferentes
de filmagem, diretores, técnicos, sonoplastas, atores, fotógrafos são capazes
de nos transportar a outros mundos por meio da maravilhosa magia do cinema.
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