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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Nesta terça feira(4) acontecerá no colégio Genivaldo Fonseca Costa a VI feira literária!

Convite

Edinalva Rezende diretora do colégio Genivaldo 
A direção e demais funcionários do Colégio Estadual Genivaldo Fonseca Costa têm a honra de convidar toda a comunidade realense e das demais cidades circunvizinha para abrilhantar a nossa VI Feira Literária com o Tema: O Rei do Baião, do Nordeste para o Mundo que acontecerá:

DIA: 04 de dezembro de 2012
HORÁRIO: Das 14:00 às 22:00 horas
LOCAL: Quadra da Escola



Luiz Gonzaga foi um ícone da música brasileira, por esse motivo vamos fazer um resumo de sua biografia e prestar uma homenagem a esse personagem tão importante de nossa música, Luiz Gonzaga nasceu em uma fazenda chamada Caiçara na zona rural de Exu na Serra do Araripe no estado de Pernambuco no ano de 1912, exatamente no dia treze de dezembro e foi além de um ótimo cantor, um compositor que fazia músicas que fazem parte da cultura brasileira até os dias de hoje, Luiz Gonzaga era filho de um lavrador e sanfoneiro, senhor Januário José Santos e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa.


Quanta saudade Luiz Gonzaga deixou, mas também nos deixou um trabalho belíssimo que até hoje e para sempre será admirado por todos nós, tanto os que tiveram oportunidade de ir a um dos seus shows ou até mesmo conviver com ele como também as gerações futuras que reconhecem todo o talento deste homem simples mas que soube fazer de sua simplicidade o ingrediente principal para suas canções.
Luiz Gonzaga ainda jovem
 Desde pequeno Luiz Gonzaga gostava da sanfona de oito baixos e pegava a de seu pai sempre que podia. Luiz Gonzaga também tocava zabumba quando seu pai participava de festas, feiras e forrós. Ainda garoto Luiz Gonzaga fazia questão de acompanhar seus pais às festas onde podia tocar por mais tempo, diferente dos outros garotos de sua idade que queriam ir para se divertirem, Luiz Gonzaga gostava era de ficar no palco tocando com seu pai e demais músicos. 
No ano de 1930 saiu de casa para servir o exército como voluntário e viajou o Brasil como corneteiro, tocando sanfona em festas. Para ele foi uma fase também muito importante, foi quando teve realmente acesso às várias culturas que encontramos neste país e Luiz Gonzaga pode levar seu talento e sua cultura para várias regiões do país além de alegrar seus companheiros. 
No ano de 1939 saiu do exército e foi morar no Rio de Janeiro com sua primeira sanfona nova e tocava em festas na Lapa ou se apresentava nas ruas passando o chapéu. O homem simples não tinha vergonha de se apresentar na rua e foi assim, longe dos holofotes, longe dos palcos que ele começou sua carreira no Rio de Janeiro, tocando na rua, apenas um estranho, apenas mais um entre muitos que buscavam ganhar algum dinheiro para sobreviver na cidade maravilhosa. 

Mas seu talento era muito grande e logo começou a participar de programas de calouros e no programa de Ary Barroso na Rádio Nacional finalmente ganhou o primeiro lugar com sua música Vira e Mexe. Já nesta época Luiz Gonzaga atraia a atenção das pessoas, já tocava bem melhor, sua voz inconfundível dava nova tonalidade às canções e o ritmo não deixava ninguém ficar parado e tudo isto despertava a atenção das pessoas e começava já a chegar também nas rádios. 
No ano de 1943 ainda na Rádio Nacional começou a se vestir de vaqueiro nordestino e começou a parceira com Miguel Lima, transformando a música Vira e Mexe em Chamego que obteve bastante sucesso, recebendo nesta época o apelido de Lua do amigo Paulo Gracindo. Com Miguel Lima ele compôs várias músicas de sucesso, como Dança Mariquinha, Cortando Pano, Penerô Xerém, Dezessete e Setecentos gravados pelo sanfoneiro e cantor alcançando bastante sucesso.
Depois começou a parceria com Humberto Teixeira e os dois compuseram sucessos como Baião, Meu Pé de Serra, Juazeiro e Mangaratiba, Paraíba, Baião de Dois e uma das mais bonitas canções da música brasileira, Asa Branca. Esta música tornou-se praticamente um hino do povo sofrido do nordeste brasileiro, mas é difícil encontrar alguém que não se emocione ao ouvir Asa Branca, principalmente quando cantada por Luiz Gonzaga
Casou-se no ano de 1948 com Helena das Neves quando já tinha assumido a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora Odaléia. Já no ano de 1950 fez parceria com Zé Dantas e fizeram sucessos como A Volta da Asa Branca e Cintura Fina. Depois deste ano, começou novamente a fazer shows pelo interior do país continuando muito popular. Neste período Luiz Gonzaga já era bem mais conhecido e seus shows estavam sempre cheios, por onde passava o sucesso era garantido. 

Depois da morte de Zé Dantas, fez parceira com Hervê, Cordovil, João Silva e outros, gravando Triste Partida um dos seus grandes sucessos, ganhou o apelido de Rei do Baião dos cidadãos paulistas e até hoje é conhecido como tal. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, não parou mais de fazer sucesso e se tornou um dos artistas mais conhecidos e respeitados do Brasil.
Gravou nos anos oitenta com cantores de grande sucesso como Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento e outros, conseguindo alavancar ainda mais sua carreira. Ao todo, Luiz Gonzaga conseguiu gravar em toda sua vida cinquenta e seis discos compondo mais de quinhentas canções de grande sucesso nacional. Recebeu no ano de 1984 o primeiro disco de ouro com o Danado de Bom, outro grande sucesso. 

No ano de 1989 no dia dois de agosto às cinco e quinze da manhã morreu o Rei do Baião, depois de quarenta e dois dias internado no Hospital Santa Joana na cidade de Recife e no seu sepultamento compareceram mais de vinte mil pessoas que cantaram Asa Branca quando o caixão descia às quatorze horas e cinquenta minutos do dia quatro de agosto. Uma data que ficou marcada na vida de muitos brasileiros. 

 E assim o Brasil perdia um ícone da música popular e ganhava um mito que viverá para sempre em suas músicas, pois o homem simples soube cantar a simplicidade do sofrido povo brasileiro e chegou a conquistar a todos, independente da classe social, Luiz Gonzaga é querido por todos, é sem dúvida alguma o eterno Rei do Baião.

Edinaldo Nascimento

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